5.7.11

Fez oito meses em junho que eu saí do meu último estágio. Desde então procurar por outro estágio tem sido uma das minhas atividades mais recorrentes. No início era até um pouco doentio. Não gosto de ficar dependendo financeiramente de ninguém. Desde que eu comecei a trabalhar na UERJ, ganhando aquela bolsa quase simbólica, e descobri as maravilhas da (quase) independência, tomei gosto pela coisa.

Lógico que oito meses de férias forçadas não são de se reclamar. Mas nesses oitos meses, além de buscar, buscar e buscar, também aproveitei para refletir bastante. Talvez minha vida fosse mais simples se eu não pensasse tanto e não fosse tão exigente. Mas o que eu posso fazer?

Já perdi as contas de quantos currículos eu mandei, de quantas entrevistas eu fiz e de quantas entevistas eu fui embora rezando para não passar e morrendo de culpa por pensar assim. Mas não quero. Não é o meu perfil. Não nasci para o meio corporativo. Assim que eu defini o perfil de vaga no qual eu não me encaixo: corporativo. Essas empresas não me querem e eu não as quero. Pode ser que essa definição seja equivocada, mas ela me ajudou a entender um pouco onde eu quero chegar.

Quero trabalhar em um lugar um pouco mais liberal, com a "mente" um pouco mais aberta. Não me vejo trabalhando numa empresa, engravatado, repetindo aquele discurso correto e chato. Quero um lugar que pense out of the box, e que me faça pensar assim também. E não ficar repetindo o que os outros fazem, porque é, ou parece ser, mais correto.

Se trabalhando em uma agência, eu já não aguentava a mente limitada de algumas empresas clientes, você imagina estando dentro de uma dessas empresas. Vou acabar sendo demitido por desinteresse ( a.k.a desmotivação) de novo. Não dá.

As vezes acho que esse é um sonho (já se tornou um sonho, tamanha a dificuldade) quase inalcançável. Acho que estou pedindo demais. E é aí que me bate um certo desespero.

Parei de mandar currículo para qualquer vaga, faltei uma ou outra entrevista e passei a rezar o dobro. Fico na internet, buscando empresas onde nas quais eu acho que me encaixo. E lá vou eu.

2 comentários:

Priscila Pires disse...

As vezes a gente pode encontrar o que menos esperamos. Seja um pouco menos exigente e pense fora da caixa.
Boas surpresas virão!

Boa sorte!

Beijo!

Gustavo Beroli disse...

Cara, gostei do que você disse! Realmente fazer o que não gostamos é complicado. Você parece ser determinado, lutador, e isso é louvável. Não se contente com qualquer coisa, mas também tenha uma visão global, de futuro, pois aquilo que pode parecer ruim hoje, pode ser o primeiro degrau para chegarmos no lugar que merecemos. Tive as mesmas dúvidas que você! Se quiser, mande seu currículo pra mim. Quem sabe eu não possa te ajudar com algum dos meus contatos... Abraços! gustavo.beroli@gmail.com